Este é um tema muito sensível e difícil de tratar, mas a resposta está nas escrituras como veremos adiante.
É uma pergunta que muitos se fazem ao ler os Evangelhos e ver como muitos líderes e pessoas do povo judeu rejeitaram Jesus como o Messias. Mas a resposta não é simples — e exige compreensão histórica, teológica e espiritual profunda.
1. Expectativa Messiânica Diferente
Muitos esperavam um Messias político, que libertasse Israel do domínio romano e restaurasse o reino de Davi (Atos 1:6). Jesus veio como Messias sofredor, trazendo salvação espiritual reconciliando os pecadores à Deus (Isaías 53), mas não poder terreno e sim no espiritual. Isso desapontou muitos (João 6:15).
Muitos discípulos abandonam Jesus
Muitos dos discípulos de Cristo dado certo tempo, começaram a ter dificuldades de entender a profundidade de quem realmente era Cristo e a medida que o Filho de Deus ia revelando mais e mais o seu propósito, sua identidade, estes o abandonam porque diziam: “Isto é muito difícil de acreditar. Quem é que pode aceitar estas coisas?”. João 6:60
“Ele veio para os seus, e os seus não o receberam.”
— João 1:11
2. Rejeição dos Líderes Religiosos e a Crucificação
Os fariseus, saduceus e escribas viam em Jesus uma ameaça à sua autoridade e às tradições que defendiam. Os milagres realizados por Cristo, especialmente a ressurreição de Lázaro, despertaram ainda mais a oposição dos líderes religiosos. A partir desse episódio, eles passaram a tramar a morte do Filho de Deus, contando com Judas Iscariotes como instrumento da conspiração. Em vez de reconhecerem a verdade e a autoridade de Cristo, preferiram proteger seu status e tradições humanas (Mateus 23; Marcos 7:8).
Barrabás é Solto e Jesus é Condenado
Quando Jesus foi entregue aos romanos, Pôncio Pilatos — governador da Judeia — declarou não encontrar crime algum Nele. Em uma tentativa de libertá-Lo, ofereceu ao povo a escolha entre soltar Jesus ou Barrabás, um criminoso condenado. Contudo, a multidão em Jerusalém clamou pela crucificação de Jesus: “Crucifique-o!” (Mateus 27:22-23).
Essa cena demonstra como a rejeição a Cristo não se restringiu a um grupo, mas representou a dureza do coração humano diante do Messias. Segundo a fé cristã, a morte de Jesus não foi um acidente histórico, mas parte do plano soberano de Deus para a salvação da humanidade (Atos 2:23; João 3:16).
3. Falta de Reconhecimento Espiritual
Jesus afirmou: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer” (João 6:44). Muitos, apesar de conhecerem as Escrituras, não reconheceram as profecias sobre Ele (João 5:39-40). Um véu cobre o coração de alguns (2 Coríntios 3:14), mas Paulo promete: “Todo Israel será salvo” (Romanos 11:26).
Importante: Nem Todo o Povo Judeu Rejeitou
Muitos judeus creram: os apóstolos, Maria, José, Zaqueu, Nicodemos e milhares no Pentecostes (Atos 2:41). Hoje, milhares seguem Yeshua (nome de Jesus em hebraico) como Messias.
“Por amor deles, por causa dos patriarcas, são santos os dons e a vocação de Deus.”
— Romanos 11:28-29
Reflexão
A rejeição de Cristo serve de alerta. Que não fechemos o coração por orgulho ou tradição, mas vejamos Jesus como o Cordeiro de Deus, Rei dos judeus e Salvador do mundo. Estamos prontos para recebê-Lo como Ele é, e não como queremos?
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